segunda-feira, 30 de novembro de 2009

;x

Veio à tona o desespero
Da verdade desmentida
Escraxada e fria
Sem lógica e tão real
Como um poço sem final
Onde arremessada fui
De onde não posso sair
E não tenho mais pra onde fugir
Senão pro silêncio
Pro medo do fim
Pro risco que corro
Pelos olhos do ódio
Pela boca tão suja
Não mais que a mente diabólica
E, tomada pela cólica, não me resta nada além da dor
Não me resta nem o amor
Hoje, apenas hoje, nesse peito ferido
Que se julga arrependido por correr tantos riscos
Que se mostra incapaz de lutar contra tudo
Segue aqui dentro, calado e mudo
Imundo de rancor
Disposto a nada... Apenas isso

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Mãe *.*

Sério semblante de força e coragem
Braços cansados com o peso da idade
E sempre tão cheios de vontade
De carregar todo o mundo.
E olhos de mel, tão puros, tão certos
O meu abrigo, porto dos meus dias
Base das minhas loucuras
E o sossego das noites frias.
Quem acalanta, sempre, meu pranto
Cobre-me com seus conselhos, como um manto
Um manto de calma, de confiança e amor.
De gritos extremos que me causam pavor
E da graça constante que me envolve diariamente.
Que me inspira a ser assim
E como uma flor no jardim
Cheiro único, jasmim
Peito aberto só pra mim
Pros meus dias de medo e temor
Sobrepondo-se ao meu rancor
Me ensinando a viver

terça-feira, 17 de novembro de 2009

cRaudia *-*

Desassossego...
A calmaria de um abraço tão quente
Um sorriso com lágrimas nos olhos
E uma alegria cravada, tão forte, no peito
Da intolerância das mil faces expostas...
Da irreverência das caras e bocas tão fáceis
Ouvidos bem atentos para os fins de tarde na calçada
E assuntos intermináveis...
E taanta coisa em comum, que às vezes há choques de personalidade
E tanto sentimento, que qualquer coisa se torna pó
Bofetadas e carícias... Verdade!
É quando se tem certeza de que tudo vale a pena
Quando vê-se no futuro, duas velhas meio loucas
Relembrando e rindo muito
De cada uma das histórias e estórias criadas por nós.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

fiLme

A falta de ar toma conta de mim
Sinto meu coração parar, devagar, devagar...
É como se meus dias fossem um filme que apenas me apavora
E como se o sonho me levasse desse lugar, devagar, devagar...
Tudo, tão rapidamente, como se estivesse sendo buscada da terra
Tudo como se meus pulmões já não tivessem força pra me manter aqui
Como se sozinha eu pudesse voar, devagar, devagar...
Pudesse correr sem me mover de qualquer âmbito.
Como se meus pés andassem sem direção pelo mar
E meus olhos, fechados, vendo mais do que pode imginar
Tô seguindo apenas as estrelas, devagar, devagar...
Meu coração segue, parando, como se eu não mais pudesse viver
Como se os dias fossem acabando, junto ào filme na TV.
E, pelos passos de errante que sou
Vou seguindo pela vida, devagar... Devagar.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

palavras...

De todo sentido que um dia tinha
Hoje, me resta sentido algum
E toda procura que foi tão minha
Dela não resta segredo nenhum
E dentro do peito, tão cheio de planos
Pros meus desenganos, tal qual, um à um
Seguem parados, anestesiados
Sempre tão meus, tudo tão comum
E parece mentira, a verdade tão clara
Tão rara, sozinha, tão minha
Tão sua e de mais ninguém
Parece que tinha o mesmo futuro
Seguir dos seus erros, fazê-los tão meus
Sentir, entre os dedos, escapar as palavras
Soadas ao vento, sem preocupação
E a cada lamento, um sorriso, um perdão
E o meu sentimento que foi todo em vão
Segue aqui dentro, calado e intacto
No meu coração.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

noite e dia, que agonia

Há quem diga que foi sorte
Há quem chore pela morte
Pelos dias de tristeza
Que se foram tão depressa.
Há quem culpe o erro alheio
E quem ame com fervor
E com o fim do meu amor
Um reinício pro sonho
E um novo vício pros meus dias...
E um apego às carícias
Tão raras, tão minhas
Tão cheias de medo
Tal qual o grande segredo
Que nos cerca, que empolga
E atravessa meu peito
Como uma faca afiada
Dentro de mim, cravada
Marca do crime perfeito.
E que segue ali, parado
Como a cena do filme pausado
Num circuito de magia
Numa sede e agonia
Pela noite, que virá.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

chuva *.*

Cúmplice chuva
Das noites de falta de proteção
Do abrigo do carro tão quente
Do abraço das noites de fuga
Chuva das lágrimas dos meus olhos
Das tardes, sentada, lá fora
Com medo dos pesadelos
Que assombram e tiram o sono
Óh chuva de primavera
Que cai bruscamente
E, tão rapidamente, seca
E mais uma vez silencia
Acalma tanto meu ser
Sossega meu sono e o pranto
Liberta minha voz em canto
Abriga de novo o querer

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

60'sec.

Originalmente, voltando atrás
Ultimada a reviver!
Temporariamente certa
Reiterada do querer.
Aparentemente, cercada de medo
Visivelmente satisfeita
E, mais uma vez perseguida
Zunidos e sulcos de sanidade e realidade
Silêncio...
Estranhamente, silencia meu ser
Solitária, perdida entre a gente
Sempre cheia das mesmas pessoas vazias
Encontrei abrigo
Notoriamente, segura por ti
Testando as possibilidades de uma nova história
Arriscando cada dia, cada passo...

 Alma pequena, nunca valeu a pena. Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser? Querer encontrar sentimento, onde só existe nú...