domingo, 12 de abril de 2020

Acelera tempo,
Acalenta o peito que já não bate mais em harmonia.
Perdeu o ritmo, perdeu a hora.
Perdeu a sintonia.
O poema é só lembrança.
Primavera é da janela.
O pé lá fora, risco demais pra correr nessa altura.
O espirro é um alerta.
O dia é noite, à noite é dia.
Agonia sem fim, mas que haverá de passar.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Quando sair, apague a luz.

Em silêncio,
Tempestade dentro de mim.
Tão juntos que a distância aumentou.
Lacuna no peito.
No tempo, no espaço.
Lacuna no abraço.
Cansaço de todos os lados,
De todas as formas.
Nos torna indefesos,
Ninguém sai ileso ao caos.
Pandemia é a saudade.


sábado, 4 de abril de 2020

Em tudo o que já  escrevi, tinha você.
Em todas as linhas, até entrelinhas, tinha nós.
Nosso amor e nossa fé na vida.
Tinha mais do que tudo.
Além do que já se viveu, do que viveremos.
Tinha sempre o nosso jeito.
Tinha a minha insegurança, a sua coragem.
Tinha sempre a nossa esperança no mundo.
Sempre teve paixão!
Longas madrugadas, aulas perdidas.
Tinha música, em tudo.
Até quando não tinha.
Até quando era triste, tinha a gente lá.
E até quando não tinha nada,
O silêncio era a nossa fala.
Era onde a gente se abrigava pra ter mais o que dizer.
E sempre tínhamos.
Sempre achávamos saída pra cada labirinto,
Que a nossa própria cabeça criava quando pensávamos ser o fim.
E era só o começo.
Novos tempos, distância, saudade.
Que deu oportunidade pra ser a gente de outra maneira.
Mais uma vez.
E, outra vez, era nós.
E, talvez, seja sempre.
Nessa vida, nesse mundo, quarentena.
Um oceano de distância.
Um único pensamento, e...
Lá estaremos, de novo e sempre.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Uau! Eu acho que nunca fiquei tanto tempo sem escrever algo aqui.
Por mais inútil que fosse.
Bem... Acho que está na hora de retomar meus pensamentos.
Here we go!

 Alma pequena, nunca valeu a pena. Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser? Querer encontrar sentimento, onde só existe nú...