segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

.aZul *-*

O azul do céu se confundia
Dia e noite, noite e dia
No clarear do azul do mar
Com ondas tão bravas, tão cheias de si
Tão calmas e leves como o vento no rosto
Como o gosto salgado das águas
Levando todas as mágoas
Pra dentro daquele infinito
Tão bonito paraíso
Tão pequeno e precioso
Valioso sentimento
Que ultrapassa as barreiras do peito
De um jeito nunca antes visto.
No escuro silencio
Geme o sol do novo dia
Inicia a roda viva
Confundindo céu e mar

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

.sem nome

Precipício, peripécias
Andarilhos e seresta
Fim de noite vem depressa
Vem com festa
Vai-se logo.
Vem o dia de labuta
Volta à luta o referido
Corrompido de segredos
Tantos medos, maltrapilho.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Joããããão *o*

E quem presisa da escrita serta
Se basta saber quem realmente importa
Amizades e amisades...
Linha reta, meio torta
Da bebida e de converça
Tão sonora aos meus ouvidos
Quando escrita, pavoroza
Engraçada, falha, escrita.
E quem se habilita a questionar?
Não há esplicação pra tanto gostar
Amigos, amigos, em casa ou no bar
Distantes ou próximos, basta xamar *-*
Em meio aos verssos
De sonho e da vida
Bem vinda amizade
Detalhe a detalhe
Creçendo a cada dia.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Morena...

Mas se eu te econtro
Te escondo bem dentro do peito.
Te mostro, de novo, um jeito
Tão nosso de fazer real.
Morena, tá tudo bem...
O sonho, de noite, vem
Mas vai quando o sol renasce
E antes que o dia passe
De novo, vontade, tem.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O equilibrista e o bêbado. Ou vice-verso.

Tanto quanto Elis dizia
Chora a Pátria
Choram Clarices, Marias
Enquanto dança a esperança
Bambaleando na corda
Equilibrando-se em meio ao show que não pode parar.
De preto o bêbado, que mais parece Carlitos
Comparado á cor das nuvens, manchando o céu
Segue o sonho de encantar
Como voar no rabo de um foguete
Toda dor, por mais pungente, não há de ser inutilmente
Que não vá se acabar.
Alice, bem como Maria,
Pede às estrelas seu brilho
Sufoco...
Diziam louco, àquele que irreverenciava noites e noites.
Mas de que vale tudo isso, se não for pra ser feliz?
Meu Brasil...
Tanta gente que partiu e que sei, não voltará.
Chora a Pátria.
Clarices... Marias...
E, seguimos na dança
Da equilibrista, bamba, esperança
Que acompanha até o fim
O espetáculo de todo artista.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Acidentes acontecem
Talvez menos com quem merece
Atrás de qualquer gratificação.
De fato, não faço força alguma pra ver rima
Transcrita rotina, coberta de culpa
Insistente labuta, de nada fazer
Deixar pra depois o que poderia dizer
Ser o que for, mas ser...
Explodir, gritar pra se fazer ouvir
Surtar e regredir...
Até que tudo passe
Tudo que jamais existiu.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Agosto.

Tirou cedo a poeira dos olhos
Ainda cansados, como de costume
Meio fechados, chorosos, olhos
E a outra metade, de lágrimas, cheio.
Tirou do medo, o resto que lhe faltava
E compreendeu o tempo que o tempo dava
De nada adiantava se lamentar
As lágrimas que cairam, não poderiam voltar.
E trouxe, consigo, o sossego e a calma
O alívio da alma de voltar a sonhar.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pessoas lêem *-*

Direto da nave louca dos pensamentos
Repousa o silêncio e o cansaço daquele que um dia foi
Resumo dos longos passos
Calejados de andar e dor.
Mas vamos mudar de rumo
Costumo desconversar
Dançar fora do ritmo
No íntimo do quarto, à esquerda
Ouvindo a seresta nova
A prova de todo amor
Subir um andar da dor
E olhar lá de cima, em paz

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sabe...

Sabe, às vezes, bate saudade..
Vem com ela a vontade de voltar àquela árvore.
Sabe... À vezes dá medo.
Pequeno segredo de dentro de nós.
De quando eramos jovens...
Como assim?! São apenas vinte anos.
Tantos planos esquecidos
Tantos sonhos mal dormidos
Sem correr... Sem conseguir se mover
Como aquela estrada, sempre parada
Tantos passos dados no mesmo lugar
Inda e vindas, bem ali, estático.
Quando, nada, que é pra sempre acaba.
E eu ainda sinto falta daquela árvore...
Precisamos voltar pra casa.
Qual o próximo trem?
Onze horas? Duas e meia?...
Meia volta e paciência.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quando (Cuando).

Ser sincero como não se pode ser
Mediante a cigarros e vinhos baratos
Nem pensar em falar
Coração na mão...
Quando os dias da semana se tornam fim do mundo.
Absurdo como ouvir me traz escrita.
Labirinto de ideias e instintos
Escolhas nossas, tão suas
Loucura não admitida.
Que faz as pessoas parecerem tão iguais.
Sem razão... Aliás, qual a razão dos disfarce no olhar? (:
Lua e céu... Nada ao seu redor para poder ver.
Tudo igual ao céu, ao seu olhar.
É verdade, eu nem quero amar...
Ando tão fraco.
Mesmo assim, morena, tá tudo bem.
Quem tem paz, sereno...
E par com Deus, pode rir.
Todo o amor do mundo pra nós
E o mal me quer à eles.
Peso de viver... Prefiro assim.
Pois é, tudo aquilo que não se pode ver
Sei que o mundo não é esse, por onde anda.
Nem sei quem sou.
Escrevo e te conto o que vi. Me mostro à você
Guarde um sonho bom pra mim...
Besteira.
Espalha saudade, morena.
Tudo que vale a pena.
Sentimento crescente
Abro o coração pela manhã, com flores
Batendo 1000, 2000... E mais.
Sendo apenas um *-*
Me dá um beijo?
O mundo será sempre como voar no azul do céu
Sentirás nos meus lábios o seu caminho
E, de novo, seremos um só.
Me abrace... *-*
E quando fecharmos os olhos a noite se vai
Guarde nosso lindo amor.

''Engenheiros, Los hermanos, Luan Santana (acredite).''

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fdp&¨¨$ (:

Onde está a boa nova do setembro entrante?
Fui enganada pela canção
Esperava mais dos meus dias de sol
E outra vez fui calada pelo susto
Senti meu coração batendo fora de mim
Rezei uma dezena de ave maria's em menos de 2 segundos.
Segurei aqueles freios como a sua vida
Atrevida sentença que me parte à frente
Insistente medo que não tem mais fim.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Leia. Tudo isso é pra você!

Essa é pra você que lê do meu silêncio.
Que faz falta por longos segundos intermináveis,
Incansáveis segundos que correm no pulso da gente
Lá na frente o futuro incerto
Peito aberto, diz você.
Me questiona sobre ontem,
Sobre mim e sobre tudo
Tantas perguntas, que absurdo.
Mundo sujo e vulgar
Momento pra desligar os ouvidos
Lembrar dos momentos queridos
Que não voltam, nem se deixam voltar.
Cadê o tempo? O céu, o vento...
Onde fica aquela grama que sentávamos duas vezes ao ano?
E o pano abaixo de nós, que nunca esteve lá..
Apenas no pensamento
Sentado sem pressa e hora, pra voltar.
Pra querer a velha rotina
Tão menina que cresce a cada dia.
Toma forma de mulher
Sequer avisa que vai chegar e toma conta dos meus dias
E dos seus.
E, de quem mais ousa se permitir.
Sim, isso tudo é pra você.
Que faz falta nos meus dias
Cada segundo que está lá e eu aqui
Mãos atadas, não para escrever.
Menos mal.. Sinto que estou mais perto
Peito aberto, diz você.
E se eu silenciar agora?
Ninguém mais irá saber.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

sobre mim, dizia eu

Não sei escrever sobre mim.
Vou dizer o que?
Não sou ninguém importante
Talvez um pouco interessante
Com papo cabeça, enfim.
Nenhuma certeza, nem novidade
Aliás, não gosto dessa palavra, nem sei porque.
Mas gosto do que ela traz!
Mudanças...
A música vira dança
Voltamos à velha infância
À tudo que nos faz bem
Aliás, o que realmente faz?
Nem sei mais do que tô falando
Escrevendo, andando
Sem sair do lugar
É difícil pensar com todo esse barulho
Que o silêncio faz
Ideias brigando pra sair na frente
E nenhuma sai
Mas o sol sim *-*
Tava demorando a me visitar
Bateu na janela, ainda tímido, querendo entrar.
Espirro! Saúde.
Ninguém se manifestou.
Devo estar sendo afetada pelo analfabetismo.
Timidamente, o sol se escondeu
Me falta tempo pra tudo isso
Pros meus dias de fazer nada
Sentada lá fora, amigos, viola...
Me falta vontade outrora.
Me falta palavra, e fôlego.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Dó ré mi...

Aprende com teus erros, criança
Com as falhas da tua andança
Amores, possíveis, imaginários
Relicário da tua dança.
Não cansas de ser insolente
Criança, olhar inocente
Carente, querendo atenção
Mas quem vai te pegar pela mão?
Já que a solidão tão bem te cabe
E sabes como é ruim
Contudo preferes que seja assim
Criança, pequena, criança...
Das notas da tua canção
Um dó insistente no refrão
Embala teus passos longos
Pequenos, que levam à lugar nenhum

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ainda há muito de nós

Ao meu lado os bons de hoje
Os de ontem se perderam
Já não são tão bons para eles mesmos.
Já não fazem falta nem pros próprio dias
Findas alegrias
Lembranças que viram pó
São removidas com esponja e veja
Saturadas crostas de lembrança enfim
Limpas, mortas dentro de você e de mim.
Sincero até breve que nunca chegará
Distante desejo de voltar ao ontem
Reviver o nada e juntar-se aos... Não!
Quero meu sossego, meu amor tranquilo *-*
Minha paz, meu mundo
Resistente, insistente mundo.
Gira em torno do futuro, espero
Nordeste, sonho, tudo que mais quero
Samba, Rock ou bolero
Pros finos ouvidos.
Tons de cantar sofridos
Baladas de infância, fato.
Despertam o medo e o tato
No escuro do quarto, só.
Bosque de solidão
Anjo sem nome, sem rosto.
Sombra negra do barril
Sopra o vento, arrepio.
Ciranda criança
Nos braços, a mãe, balança
Esperança... Esperança.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tirou cedo a poeira dos olhos
Ainda cansados, como de costume
Meio fechados, chorosos, olhos
E a outra metade, de lágrimas, cheio.
Tirou do medo, o resto que lhe faltava
E compreendeu o tempo que o tempo dava
De nada adiantava se lamentar
As lágrimas que cairam, não poderiam voltar.
E trouxe, consigo, o sossego e a calma
O alívio da alma de voltar a sonhar.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fa Fe Fi *-*

Falantes flores
Ferozes fardos
Flutuantes flautas
Felizes, fato.
Fantástica finta
Fenômeno,finda.
Falseia fina festa
Fadiga, fiel, farta futilidade
Festeja faniquitos
Fareja fôlego faltante.
Fanfarra faceira
Facilemente facina
Fáceis Fábulas
Fadas fofas
Fins fatídicos
Façanha forçada.

silencio

Novas canções.

Andar por entre a gente

Conflitos, contradições

Certezas de... ahm?

Oscilações.

Restos de estupidez

Das mesmas velhas canções.

Motivos, pequenos, mas vivos

Pra desfrutar de silêncio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

(=

Silencia, muda rotina

O tudo pra mim é pouco

O pouco se torna nada

Andando na mesma estrada

Passos diferentes

Bem mais lentos que ontem

Bem mais firmes e certos

Discretos momentos de raiva e tristeza

Tamanha certeza do incerto, afinal

Banal sentimento que veio e se foi

Que trouxe segundos de calma e querência

Benevolência extinta

Faminta ganância desnecessária

Outrora sua própria tumba

Imunda infidelidade

Total crueldade que te torna só.

acidentes...

Parece que nem demorou pro ontem voltar, outra vez
Pelos barrancos já começou a se refazer
A terra trepida, e me faz vir ao chão.
O ontem no hoje, que situação!
Caminha tranqüila, sem pressa pra nada
Suposta jornada a se desfazer
Questiona, argumenta, sem ao menos saber
Acidentes e acidentes... E, de novo, nascer.
Caminho de ida, com volta, ainda bem...
Que mal deve ter em pagar pelo erro alheio?
Julgamos, julgados, traiçoeiro tempo
Arrasta-se e voa, perdemos tanto de você, velho
Que nada mais é relevante a ponto de me fazer chorar
Nem querer, nem lutar, pra voltar e viver.
Entender que nem todo mundo pensa como eu
Alguns, sequer pensam. *-*
Desprendido ontem, necessário...
Silencia, apenas silencia, adormecido
Tímido, velho, amigo
Demora tanto pra vir
Café de espera e mesa farta
Praquele que afaga as dores do fim.

domingo, 8 de agosto de 2010

Ontem [?]

Hoje, mais que ontem pensei
Lembrei, eu quis voltar
Quis ser criança, quis cantar
Novamente e simplesmente nascer.
Eu quis ter aquele abraço
Eu quis ver você sorrindo
Indo embora, certamente
Mas voltando noutro dia
Quis te ter por um segundo
Um segundo infinito
Dormindo em meus braços
Cansaço de luta contra o sonho que de mim não sai
E eu apenas quis...

tiro

Chuva, chuva, tempestade de calma
Sofre o vento, chora sem pausa.
Corre a água pela estrada
Passageira, chuva, ingrata.
Voa o tempo, mar de espera
Naufragado na água, límpida
Desapego, tempo velho
Necessário, amigo, tempo.
Velho embaixo do sombreiro
Passos, ligeiramente, lentos
Pro futuro, derradeiro
Hoje, apenas hoje, enfim.
E, disseste, tão convicto
Qual seria o fim
Solitário fim...
De você e de mim
Aquela marca da tinta
Cravada na pele, tal qual tatuagem
Seria vertigem? Seria miragem?
Grande desvantagem perder-te de mim
De quem mais te cerca, de longe, hoje, sim.
Fazes anos, tão só
Nó no peito, por estares na ‘paz’ que pediste
Segue triste, satisfeito
Afastaste o mundo inteiro
Derradeiro sofrimento
De carência e desespero
Tiro certeiro, meu caro.

sábado, 31 de julho de 2010

aaaah *-*

Saudades, diário, querido.
Saudades não só da escrita, mas da vida, daquela vida.
Dos dias de ser criança, da dança tão sem malícia.
Tamanha desimportância, tolerância, tão falta, enfim.
Os braços que cobrem meu corpo
Que zelam meu sono bom
Me fazem esquecer do mundo
De tudo que um dia foi.
Palavras suaves, doces.
Os mesmos olhos, pedintes...
Compasso da valsa triste
E a chuva que cai em mim
Que passa e não cessa mais.
Tampouco me satisfaz.
Gélidas gotas se lágrimas, chuva.
Outrora secas, cansadas do mesmo rosto.
Num gesto de estar bem.
Psíquico tratamento
Momentos e mais momentos..
Insistentes pensamentos
Que não saem de lá,
De onde devem estar
Guardados dentro de nós.
Como pássaros, voam, sós.
Divididos pelo vento, suave destino, tempo.
E a sorte que te acompanha?
Inexistente sorte sem fim
Do azar que nem existe, e o destino, esse sim!
Teu amor te acompanha, sem saber que é ele mesmo
Sem querer ser, nem fugir.
Te mantém preso em grandes braços protetores
Depois de curar as dores
Amores feitos de amor.
De medo e também de dor
Saber que o amanhã não vem
E o futuro, quem tem?
Ninguém! Mas vem.. Eu sei.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Pai *-*

Contei carneirinhos em meio às verdades.
Contei meus segredos, mais bem guardados
De dentro de mim, do secreto algodão da nuvem
Daquele velho nó entalado na garganta
Contei os passos, contei dias, meses, datas
Os meus mais variados medos, dedos trêmulos, mãos geladas.
Eu quis correr pra logo ali.
Eu quis apenas estar lá.
Deste à mim o colo gélido
Tão quente de amor e afeto
Suada espera pro dia tão tenso
Pras prosas em lágrimas
Pro recomeço.
Me deste certeza do amor, aqui dentro.
Me deste coragem pra vida tão minha
E das mágoas, passadas,
Apenas o fim
Olhaste pra mim, com tanto temor
E deste certeza, mesmo assim, do teu amor.
E deste esperança pro meu futuro.
Seguro dos passos, mais uma vez.
E assim se fez o nosso sim!
Desfez o nó, dentro de mim
Me deste, enfim, o pai que sempre quis.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

elaiá, que saudade disso aqui.

Plausível show de humanidade.
Com aquelas, velhas, características que só ela tem
É quando a gente vê, de verdade
A falta que tudo faz.
O sonho que nunca vem.
É quando sabemos, sempre
De nada que é certo, enfim
De tudo que é bom pro mundo
De tudo que é ruim pra mim.
As coisas não são modernas
Nem lógicas e nem sensatas
Não são como a longa espera
Mas doem tanto quanto elas mesmas.
Me fazem parecer bacana
Conversas de meia hora
Que trazem de novo esperança
Certeza de nada, outrora.
As coisas são tão injustas
E tudo dá certo, mirem!
Pequenos espaços de tempo
Antes mesmo das dores saírem.
Antes que eu conte o tempo
Os fatos, os medos, a sede.
Antes que eu volte ao pó
Antes que eu despenque.
Sem volta, sem rota, sem culpa
Sem o velho pesadelo
Com novos e companheiros.
Senhores de terno preto.
Da morte, singela, espera
Das flores murchando sem dó
O tempo, e o tempo, só
Milagreiro pras angústias nossas.

(:

segunda-feira, 26 de abril de 2010

minha menina

Escrever pra você
Assim como tudo mais que tenho feito nos meus dias
Assim como a razão que me cerca
As luzes, as cores, sabores, amores.
O cheiro de fruta, tão doce flor que me invade
Saudade que canto
Não cessa meu pranto
Das dores de falta, com data marcada.
Selada a angústia, com a noite tão fria
Solitária, tão minha, sozinha, sem você.
Minutos contados, até que caiamos.
Arrancados, de novo, do farto acalento
Do nosso, só nosso, momento
Das juras e risos, sem culpa e sem medo
Partindo do, descarado, segredo
De amar e ser.
Completos de nós mesmos
Carícias e carências
Absurda saudade de ontem pra cá
Desde sempre.
E, na minha desenfreada procura
Sumindo, pra longe de mim
De frente ào meu próprio eu
Te encontro. Te busco
Querendo, sempre e pra sempre *-*
As nossas, tamanhas, loucuras
Pirraça, malícia e desejo.
Cada gesto, cada beijo.
De quando vejo em seus olhos
Os meus tão, claramente, refletidos
silêncio. Silenciando o nosso tempo
O nosso mundo, parado
Cercado de nada
E a chuva, gelada
Correndo meu corpo
Cada curva, nesse jogo
Nessa estrada rectilínea.
Peregrina distração
Companheira dos meus dias
Tão distantes de fim
De quando não tenho pra mim
Aqueles, tão nossos, dias
A cama, agora, vazia
Farto saudosismo
Abismo!
Desespero vago.
De tudo que, aqui dentro, trago
Todo meu amor por você.
Toda a minha vida que te entrego a cada dia
Cada passo, cada esquina.
Minha menina, tão minha *-*

segunda-feira, 12 de abril de 2010

.omG

Quero mais aquela grama
Quero estrelas mais brilhantes
E mais tempo pro nosso mundo
E mais vezes aquele tempo
Noite calma, vento frio
arrepio, sentimento *.*
Diante do céu, o seu juramento
Guardado, pra sempre, aqui dentro
Tão nosso, aquele momento.
E, tudo que imaginei
Melhor que pensei, se fez
E todas aquelas horas
Tão esperado dia
Voando se foi, outra vez.
Levando um pedaço meu
Deixando seu pensamento
Seu gosto e o cheiro, enfim
Que não sairão de mim
Pelo encaixe tão perfeito
E tudo daquele jeito
Que só a gente sabe
Que dentro de mim, nem cabe
Tamanha felicidade
Incrível capacidade de me fazer sorrir
De completar o que faltava
De quando, apenas, me perguntava
Se tudo seria assim.
Na árvore a nossa marca
Não mais que no peito meu
Vestígios dos beijos seus
De tudo que aconteceu.
E, agora, de novo a saudade
A espera, a angústia, a necessidade.
E o alívio por saber que TUDO é de verdade.

terça-feira, 6 de abril de 2010

.que vá

Ouvi, de novo, o silêncio
Zumbindo como uma abelha
Tormenta da paz que tinha
pxxxxxi. Silencia.
E corre, certeira, notícia
Da peça da vida
Das artes de nós mesmo
Amor e ódio
Constantes aliados
Desde o fim, ào começo dos dias
Que, no entanto, desparelhos
Seguem, companheiros
Vertigos.
Descompassados passos
Do andar de criança, ainda, nova
Do carnaval à bossa
Veio, de volta, o progresso
Confesso segredo de amar
E pingos, bem soltos, da paciência que me cobre
Regresso de culpa
Disposta a não doer mais
Capaz de querer morrer
Garrida posse
Do que já não é seu, de fato
Entorpece de dor o peito
Qual já não mostra jeito
Prum passado que se foi
E que se vá.

quarta-feira, 31 de março de 2010

.Não meu

Olha só, mais um relato
da boêmia sendo falado
de forma sóbria mas que
seja entendida bêbada.
De segunda à domingo
sempre é sexta, praquele
boêmio que vive na rua
mas é esperto o suficiente
pra não dormir na sarjeta.
Bebe, fuma, ri e briga,
tudo em casa, tudo em
família, como sempre,
No buteco da esquina.
Joga sinuca, e fala de
política, reina do prefeito
ladrão, mas puxa a bola
da caçapa que o companheiro
derrubou então.
O futebol nunca falta,
nem a cerveja ou pinguinha
nem o terresmo ou linguicinha,
tudo em casa, tudo em família,
sempre o buteco da esquina.
Saí de emprego num vê a mulher,
traí ela com a katia, quando
chega em casa só num apanha
é na sola do pé.
Essa vida boêmia é cansativa,
minha barriga que lhe diga,
sempre cultivando ela em casa,
sempre com a família.

quinta-feira, 25 de março de 2010

contradigo.

Levantei disposta a ver o sol
E, mesmo assim, louca pra sentir a chuva, de novo, em meu rosto.
Me calei com a sensação de ainda tinha palavras pra dizer
E, fui completa de razão em manter-me no silêncio.
Hoje, eu acordei mais cedo que o normal.
Eu quis dormir muito mais.
Tentei não me atrasar
Consegui chegar, ainda, mais tarde.
No desperdício da chance de tê-la
Ganhei o que menos buscava
Era tudo que precisava
Aquilo que nem queria, e mesmo assim, esperava.
Minto e nego, dizendo a verdade, enfim.
Sonhos loucos, não e sim.
Contradição?! Imagiina.
Desespero e calmaria
O calor da noite fria
Tempestade e silêncio.
O som da casa, vazia.
Eu ainda me perco nos versos...

domingo, 21 de março de 2010

demorou, mas saiu. rs

Louco, louco sentimento
Novo, velho, juramento
Dos resquícios da estupidez alheia
Toda a minha paciência
Toda a sua serenidade
O desejo e a coragem
Pra tornar tudo real
Mesmo sendo surreal
Era como se nem o chão estivesse lá.
E mais nada além de nós.
Não calávamos um só instante
E as horas voaram
Tal qual o pensamento
Tanto quanto os mesmos pássaros que nos acordaram com canto
Depois do alívio do pranto
Que ví dos seus olhos correr.
Queriam me ver morrer!
Gritava de dentro dela
Uma voz que nem à pertencia
E que mesmo assim saía
Descontrole, submissão
Desapego, sim e não.
Quanta coisa, quanta gente
Tudo que aqui dentro sente
E, de novo, novamente
Novos passos pra um outro lado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

outra vez, amor.

Sem motivo, nem razão
Sem qualquer explicação
Pra tamanha loucura
Derradeira procura
Que acaba ao mesmo tempo.
Sinto, cada vez mais, perto
Um futuro, ainda, incerto
Peito aberto e permissão
Da querência descabida
Veio a cura pra ferida
Que se abriu no coração.
Veio o fogo, veio a sede
Mistura de medo e desejo
Onde tudo que mais vejo
É um novo caminho, enfim
Que se abre pra mim
Tanto quanto teus braços
Entrelaço *-*
Para cada passo meu
Um encontro ao teu abrigo
O refúgio do perigo
Que, sempre, tanto me acolheu
Renasceu aqui dentro
Tudo que sempre existiu
O amor que sequer saiu
De dentro do peito meu.
Talvez, por aqui se escondeu
Procurando uma resposta
E, disposta a não relutar
Me encaixei nas circunstâncias
Crendo na tolerância
Da saudade e da distância
Que me impede de ter-te
E, mesmo assim te querer.
Vou esperar...
Esperarei porque sei que virás.

quarta-feira, 17 de março de 2010

viver .-.

Vou morrer aos 15 anos
Desfazer-me dos planos
De criança e de hoje em dia
Quando ainda nem crescí
Das noites que mal dormi
Pensando em como ia ser
Esperando a tal partida
A estanca da ferida
Despedida.
Saltarei de bungee jump
Vou entorpecer, dos meus próprios sentimentos
Esquecer de todo aquele juramento e julgamento
Dentro do apartamento
Trancado e sozinho, enfim
Sozinho, tal qual à mim.
Tão morto por dentro aos poucos
Loucos!
Acreditam que posso ir?!
Eu nunca quis, mesmo, partir
Mas fizestes com que fosse
Me empurraste para o abismo
Do meu próprio anarquismo
Dentro de mim tão calado.
Explosivo, retraído
Prestes a gritar.
Disposto a desengasgar
Toda culpa e todo o medo
Despejar o tal segredo
De morrer pra viver bem.

terça-feira, 16 de março de 2010

delírio.

Delírios dos sonhos teus
Palavras, dispersas, soltas
Febril e com dor, enfim
Mas aquela que vem do peito
Do medo de perder a mão
Que se estende a cada dia
Pela angústia, agonia
De nem mais notícias ter
Pelo medo de perder
De, talvez, sofrer
Quando olhos já não vêem
Outros olhos a te olhar
Me preocupa o caminhar
Do destino e do caminho
Mal traçado, mesquinho
Que insistimos em continuar
Em seguir pra não voltar
Sem saber onde vai dar
Essa séria brincadeira.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Meu bom, tão meu, Haru *-*

Somos cúmplices do mesmo sentimento
mas não talvez das mesmas emoções,
apenas trocando palavras por suspiros,
lembranças ou ilusões de uma vida previsível
Incrível!
Tão somente como nós
Incompletos, sempre sós
Tão carentes de nós mesmos
Eloquentes querências
clemência!
O perdão de que tanto precisamos
Que vem de dentro da gente
E que se sente a cada instante
Insistente e intolerante
Sentimento angustiante
De assumir carência, enfim.

sábado, 6 de março de 2010

me deixa? ...voltar. ;x

É quando a solidão grita
Clama o sentimento do medo
Perdida na casa vazia
Sozinha, e meus pensamentos
E deveria, mesmo, voltar?
Arrisquei, de novo, um passo
O silêncio e seu cansaço
A corrida contra o tempo
E devendo, sigo, assim
Tudo tão distante de mim
E a chegada é a partida
Transcrita, perdida
Mais uma vez, dentro de nós
De quando estávamos dois
Calados, em meio ao nada
E nem precisávamos disso
Era apenas o nosso risco
Era o grito que dávamos mudos.
Imundos aos olhos alheios
Receio.
Seguros de nada, enfim
Sozinhos, um lá e eu aqui.
De onde jamais saí
Que não fosse por ti
Sem saber, nem esperar o amanhã
Sem razão pra fugas
Nem direção, nem vontade, sem culpa
Sem curvas na estrada seguinte
Carente daqueles segredos
Dos dias que eram tão nossos
Do jeito que só eu sei
Olhávamo-nos boca à boca
E nossas, suadas, mãos
Perdiam-se por, entre onde, achavam abrigo
Tal qual antigo lugar de esconder.
Aquele que, jamais, alguém vai saber
Por estar apenas aqui.
Permanecido, fincado, dentro do fim.
O fim que de mim não sai
E nem de ti, eu sei
Porque ainda me pedes pra ir
Querendo que eu fique
Que foque no mesmo alvo
À salvo da vertigem que me coube
Do desprezo e desassossego que me invade.
Pelas rimas nada justas
De palavras tão dispostas
Segue firme nossa aposta
Eu te deixo, se me deixares.

quarta-feira, 3 de março de 2010

sonho

Lá do meu imaginário
Sonho louco, apenas sonho
Imagem de um relicário
Guardada dentro de mim
Das lágrimas que vi caindo
Nos dias antecedentes ao fim
Seguia dos passos seus
Tão meus, suados e firmes
Perdidos naquela esquina
Incidentes, tempestades
Tamanha necessidade
Por algo que nem começou
Que mesmo assim, marcou
Os dias que foram meus
E tudo que ofereceu
E tudo que ofereci
A mão que, de noite, estendi
Calada na cama ao lado
Sentia que o tempo, parado
Corria pra longe enfim
Negava, de novo, assim
A vontade que me invadia
E, hoje, a cama vazia
Me faz acordar do sonho
Esquecer do que foi dito
Relembrando a cada instante
E a saudade, o semblante
Daquela, que tão distante
Deixou um atalho no peito
Emprestou-me o defeito
Da coragem permitida
Pelas noites mal dormidas
Velando teu sono bom
Marcando, suave, o tom
Das notas de uma canção
Não cantada, nem escrita
Retalhada, interrompida
Pelo recomeço do seu fim.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

bicho mulher

Mulher é mesmo um bicho.
E não daqueles de sete cabeças
É bicho bonito, de corpo e de alma
De pele, carinho, que alisa e acalma
O bicho dos sonhos
Tal qual de pelúcia..
Carícia, malícia, um vício, ternura
Minha cura dos dias insanos e frios
Provoca arrepios, debaixo dos panos
Desejos profanos, segredo, silêncio.
Mulher de verdade, o bicho que encanta
Que canta com voz de veludo
Nas lágrimas acha escudo
Abrigo de todo medo
Meiga, mulher de verdade
Razão, emoção e bondade
O bicho que me faz bem.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

tão perto

Dei de cara com a velha morte
Sustentada pela, amiga, sorte
Tão rápida e incontrolavelmente
Ferida, mas consciente
Sentia minha alma indo
As portas, pra mim, se abrindo
E num sulco veloz de volta
O vento bateu à porta
E arremessada, de novo, fui
Tão assustada com tudo e todos
Desamparada dos próprios medos
E perdia, por entre os dedos
Meus devaneios, os meus segredos
E foi-se tudo, como foi o tempo
O meu controle, que nunca tive
Dos meus deslizes, desassossego
E o preço é alto por tudo isso
Entre o inferno e o paraíso
Tão perto, a morte, me deu a mão
E arrependida, puxou depressa
Me deu a chance à uma nova peça
Me deu a vida, de novo, enfim.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

temor

Novamente o frio na barriga
Respiração ofegante, fadiga
Uma procura, incansável pelas mãos suadas e tão frias
E, constantemente, vazias das minhas
Segue a dúvida, a dor, a saudade
A eterna vontade... Mera vontade.
Insistência, ambígua, de desejos
Eloquente carícia, e de novo, beijo.
E fogo, e fuga... Pros medos meus, e tão seus também.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

segredos

Mais uma vez o silêncio
Silencia, de novo, meu ser
No escuro do quarto vazio
Despertar de um novo querer
E ver tudo, ao mesmo tempo, se mover
Amor morrer, outra vez nascer
E querer gritar!
Explodir de dor
Demonstrar o amor, que de mim não sai
E que aos poucos, vai...
Que você liberta
Com a porta aberta
Me mandando ir
Querendo, também, sair
Tão presos entre nós mesmos
Segredos, nossos segredos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

eusouumaidiota.

Perdemos grandes amigos
Por pequenos amores
Por destinos incertos
Pelos medos, temores.
Perdemos a nossa coragem
A sinceridade
Por um copo de vinho
E estar tão sozinho
Que me fez pirar.
Perdi a minha própria identidade
Por não dizer a verdade
Ou, ser sincera demais. ;x
E por ter ido atrás
Dum 'certo' que nem era meu
E, depois do que aconteceu
Só me resta lamentar
Depois de tentar consertar
De cair em tentação
Escolher um sim ao invés do não
E fazer morrer todo o seu perdão.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Feliz Aniversário!

O dia amanhece perfeito!
Peito aberto e empolgação
Nesse clima de verão
Nada melhor que uma festa
Que cerveja e seresta
E quem sabe, confusão (6'
No sítio, no meio do nada
A ordem é azaração
Contamos os dias, as horas
Sofremos por antecipação. rs
E o motivo da bagunça?
Juliana, é a responsável
Do gostar inevitável
Atitude e parceria
Todos amam essa guria
Ou, as festas que ela faz... shaiushauihsuiahsa
E que ela, e ninguém mais
Disso tudo vai esquecer
Bêbado, ou não, tanto faz
O importante é aparecer!
É fazer acontecer!!!
E juntar toda essa gente
Só alguém, mesmo, especial
Que saiu até no jornal
Tá ficando 'chick, bein'.
Somos jovens, que mal tem?
Não dever nada à ninguém.
E marcar no calendário
Que hoje é o aniversário
Daquela gordinha engraçada
Meio estranha e desajeitada
Que depois é tão² amada
Juliana Bassoli, meu bem!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

compasso de espera

Pra que, sacrificar o peito
Por algo que não tem jeito
Senão, que seja a presença
A carícia e a querência
A vontade e a insistência
De estar, querer e ter.
Pra que, se nada disso adianta
Se em nós, a dor é tanta
E a saudade é traiçoeira
Agoniante e derradeira
Pra fazer voltar atrás.
E buscamos, uma vez mais
Estender a mão ao sim
Insatisfeitos com o fim
Sofrendo passo a passo
Cada dia num compasso
De espera e de desejo
Do carinho e do beijo
Que, outrora, tornará a acontecer.

domingo, 31 de janeiro de 2010

31... 13... ?

Vou tentar escrever.
Tentarei descrever essa grande confusão
Com motivos ou não
Veio o fim de nós dois
E o que veio depois, senão de novo o começo?
Todo aquele, antigo, apreço que tanta falta me fez
E que, mais uma vez, trouxe vida ao amor
E com grande fervor renasceu dentro, em mim.
Como fosse assim, apagar sem sentir
E dormir e acordar
Esquecer, relembrar...
Segurar e chorar.
Não temer nem tentar refazer o esquecido
Retrazer o perdido
E, querer-te outra vez.
Foi assim que se fez
13 ou 31,
De um começo incomum
No final, um a um
Se sentindo culpado
Triste a amargurado por não entender
Tudo o que já foi explicado
Todo o filme, mal contado
Tão bem criado por nós.
Tão bem vivido à sós
E que hoje chega ao fim.
E, que nasce a cada instante
Ofegante e disparado
Coração acelerado
Que não me cabe no peito
Que me entristece seu jeito
Preceito de dor
Chorar por amor
Escondido de mim
Pelo medo do fim
Que vem e se vai, tão depressa
E, de novo me arremessa
Pro sonho que não se acabou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

talvez...

Ouço a chuva...
Tento imitar seu som em minha cabeça
Tento me desprender de todo esse barulho ensurdecedor do escritório atordoante.
Nesse momento quero apenas me encontrar.
Quero ouvir do seu abraço o silêncio do seu cheiro.
Quero ir de encontro a tudo só pra ter você aqui.
Eu quero mais do que posso, realmente, ter
Só pra ver você sorrir.
Volta o tempo, correm os dias
Dia e noite, agonia
O meu mundo silencia..
E, suavemente, acalenta da culpa que tinha
Me cobre de medo por mim e por ti
Me ensina um caminho sem ter pra onde ir
E me cega.
Uma peça me prega. Me atormenta e carrega
Tudo que era tão meu
Que aos poucos se escondeu
No meu céu escureceu
E, talvez, de nós esqueceu
Ou, apenas, não quis lembrar...
Ou nem fez questão de dar
Uma nova chance à nós.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

escape

Sinto culpa pelos erros seus
Tão nossos, tão meus...
Tão cheios de falta de sorte
Estilo de vida
Motivo de morte.
Receio e distância
O fraco e o forte.
E o abrigo que me guardava
É, hoje, apenas mais um
É caminho sem volta
É destino algum
Uma trilha sem rumo
Um passeio no parque
Um pedaço de charque
Pra ceiar na calçada.
Isso é pura balela
É uma bela jogada
Um escape de medo
Pra quem não teme -quase- nada.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Era

Infinito silêncio e culpa
Dos sussurros ao pé do ouvido
Do descuido, ciúme, frígido
Da rotina, escuridão, parovorosa.
E o mesmo som que se ouvia
Era o eco do nada em nada
Era a sombra do pé de ameixa
Que se via na beira do fim
E, você, bem frente à mim
Me dizia em meio ao coro
De segredos e verdades
Que entre toda a vaidade
Segue um pouco do que era 'nós'.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

;x

A infortuna do dilúvio
Dos meus dias de desassossego
Junto ao ponto que me fere
Junto às mágoas que me invadem
E a rotina dos meus dias
E o trabalho que me cansa
Do futuro que não vejo
E a chuva farta que molha e seca.
A saudade, hoje, menos eloquente
Nossos olhos, frente à frente
E a distância ainda assim.
Sinto o medo, e sinto a culpa
Sinto a dor do desapego
Sinto falta dos meus dias
Dos dias que era eu mesma
Mas, hoje, ainda sou!
Onde está minha verdade?
Minha pura honestidade
Da vontade que me regia
E que, passageira, segue fria.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SonhEi.

Tudo é absurdo
E para os surdos que me ouvem
Atentem-se para o fim.
E os cegos que, tanto bem, vêem
Contenham-se de emoção
Mantenham-se presos ao chão
Pois quem voa, jamais volta.
E do vento à minha porta
Resta o som da meia noite
Restam os gritos e gemidos
Do mudo e calado fim.
E a melodia das sombras fartas
Dos resquícios de um sonho louco
Que me fez rever um pouco
Do que era a minha vida.
Despedida...
Tão ausente e assustadora
Avassaladora!
Que tanto me aperta o peito
E mostra que não tem jeito
Saudade é como o vento batendo nas árvores
Está sempre lá
Basta lembrar
Basta pensar e querer...
Hoje a minha bate forte. ;~

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Elvis (;

Já faz tempo que se foi
Todo aquele meu pesar
De trair-te, flor em flor
De beijar-te par a par.
Já faz tempo que se foi
Toda a culpa que sentia
Todo o medo que ainda tinha
Da esperança de ter-te.
E, perdi, junto à ti
O nosso futuro, tão meu
O tão obscuro abismo
Que tantas vezes me escondeu
Que me fez refém do não
Que insistia em soar entre nós.
Mesmo quando a sós
Esperando um sim e o fim.

 Alma pequena, nunca valeu a pena. Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser? Querer encontrar sentimento, onde só existe nú...