domingo, 31 de janeiro de 2010

31... 13... ?

Vou tentar escrever.
Tentarei descrever essa grande confusão
Com motivos ou não
Veio o fim de nós dois
E o que veio depois, senão de novo o começo?
Todo aquele, antigo, apreço que tanta falta me fez
E que, mais uma vez, trouxe vida ao amor
E com grande fervor renasceu dentro, em mim.
Como fosse assim, apagar sem sentir
E dormir e acordar
Esquecer, relembrar...
Segurar e chorar.
Não temer nem tentar refazer o esquecido
Retrazer o perdido
E, querer-te outra vez.
Foi assim que se fez
13 ou 31,
De um começo incomum
No final, um a um
Se sentindo culpado
Triste a amargurado por não entender
Tudo o que já foi explicado
Todo o filme, mal contado
Tão bem criado por nós.
Tão bem vivido à sós
E que hoje chega ao fim.
E, que nasce a cada instante
Ofegante e disparado
Coração acelerado
Que não me cabe no peito
Que me entristece seu jeito
Preceito de dor
Chorar por amor
Escondido de mim
Pelo medo do fim
Que vem e se vai, tão depressa
E, de novo me arremessa
Pro sonho que não se acabou.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

talvez...

Ouço a chuva...
Tento imitar seu som em minha cabeça
Tento me desprender de todo esse barulho ensurdecedor do escritório atordoante.
Nesse momento quero apenas me encontrar.
Quero ouvir do seu abraço o silêncio do seu cheiro.
Quero ir de encontro a tudo só pra ter você aqui.
Eu quero mais do que posso, realmente, ter
Só pra ver você sorrir.
Volta o tempo, correm os dias
Dia e noite, agonia
O meu mundo silencia..
E, suavemente, acalenta da culpa que tinha
Me cobre de medo por mim e por ti
Me ensina um caminho sem ter pra onde ir
E me cega.
Uma peça me prega. Me atormenta e carrega
Tudo que era tão meu
Que aos poucos se escondeu
No meu céu escureceu
E, talvez, de nós esqueceu
Ou, apenas, não quis lembrar...
Ou nem fez questão de dar
Uma nova chance à nós.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

escape

Sinto culpa pelos erros seus
Tão nossos, tão meus...
Tão cheios de falta de sorte
Estilo de vida
Motivo de morte.
Receio e distância
O fraco e o forte.
E o abrigo que me guardava
É, hoje, apenas mais um
É caminho sem volta
É destino algum
Uma trilha sem rumo
Um passeio no parque
Um pedaço de charque
Pra ceiar na calçada.
Isso é pura balela
É uma bela jogada
Um escape de medo
Pra quem não teme -quase- nada.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Era

Infinito silêncio e culpa
Dos sussurros ao pé do ouvido
Do descuido, ciúme, frígido
Da rotina, escuridão, parovorosa.
E o mesmo som que se ouvia
Era o eco do nada em nada
Era a sombra do pé de ameixa
Que se via na beira do fim
E, você, bem frente à mim
Me dizia em meio ao coro
De segredos e verdades
Que entre toda a vaidade
Segue um pouco do que era 'nós'.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

;x

A infortuna do dilúvio
Dos meus dias de desassossego
Junto ao ponto que me fere
Junto às mágoas que me invadem
E a rotina dos meus dias
E o trabalho que me cansa
Do futuro que não vejo
E a chuva farta que molha e seca.
A saudade, hoje, menos eloquente
Nossos olhos, frente à frente
E a distância ainda assim.
Sinto o medo, e sinto a culpa
Sinto a dor do desapego
Sinto falta dos meus dias
Dos dias que era eu mesma
Mas, hoje, ainda sou!
Onde está minha verdade?
Minha pura honestidade
Da vontade que me regia
E que, passageira, segue fria.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SonhEi.

Tudo é absurdo
E para os surdos que me ouvem
Atentem-se para o fim.
E os cegos que, tanto bem, vêem
Contenham-se de emoção
Mantenham-se presos ao chão
Pois quem voa, jamais volta.
E do vento à minha porta
Resta o som da meia noite
Restam os gritos e gemidos
Do mudo e calado fim.
E a melodia das sombras fartas
Dos resquícios de um sonho louco
Que me fez rever um pouco
Do que era a minha vida.
Despedida...
Tão ausente e assustadora
Avassaladora!
Que tanto me aperta o peito
E mostra que não tem jeito
Saudade é como o vento batendo nas árvores
Está sempre lá
Basta lembrar
Basta pensar e querer...
Hoje a minha bate forte. ;~

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Elvis (;

Já faz tempo que se foi
Todo aquele meu pesar
De trair-te, flor em flor
De beijar-te par a par.
Já faz tempo que se foi
Toda a culpa que sentia
Todo o medo que ainda tinha
Da esperança de ter-te.
E, perdi, junto à ti
O nosso futuro, tão meu
O tão obscuro abismo
Que tantas vezes me escondeu
Que me fez refém do não
Que insistia em soar entre nós.
Mesmo quando a sós
Esperando um sim e o fim.

 Alma pequena, nunca valeu a pena. Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser? Querer encontrar sentimento, onde só existe nú...