Alma pequena, nunca valeu a pena.
Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser?
Querer encontrar sentimento, onde só existe número.
E é de onde vêm as angústias.
Mal curadas e compartilhadas com quem não as tem.
Com quem não quer ter. Mas e quem é que quer?
Volto no tempo e me pego escrevendo de novo, nesse velho lugar.
Que parece novo pra mim, não sei mais como fazer.
E, sempre, como se fosse ontem, as palavras saem da minha cabeça e transpassam pelas minhas mãos, de uma forma tão natural e quase mágica que, quando percebo, já disse mil coisas que nem são minhas.
E passam a ser, de mim e de todo mundo que precisar.
Porque a escrita é isso. É eternizar o pensamento que se é partilhado aos olhos de quem está disposto a ler.
Tenho sido engolida pelo livro da Rita Lee nesses últimos dias. E, percebi o quanto somos pequenos nesse mundo. E o quanto podemos ser grandes quando desejamos algo e vamos atrás desses "sonhos".
O quanto é possível realizar, sofre, chorar, sorrir e sobreviver nessa selva que é a vida.
Curta pra uns, passageira e frágil.
Longa, sofrida, solitária e baseada em apego para outros.
E, da minha vida, o que faço eu?
Quais os passos que me guiarão a partir daqui? Dessa decisão, desse futuro que, só Deus sabe?
Queria ser Deus. Talvez o espelho que Ele nos reflete esteja virado pro sol, porque me chama a atenção todos os dias, mas tenho medo. E nem sei porque.
Já fiz tantas coisas. Tomei tantas decisões muito mais difíceis.
Aceitei dores que julguei serem intermináveis e lá se vão.
Quando escrevo, dessa forma, tudo parece uma bagunça, mas é como se as coisas começassem a fazer algum sentido. É como ligar para um primo distante e conversar horas e horas, depois de anos sem nos vermos e "colocar a fofoca em dia". Sem julgamentos, sem culpa, sem peso nenhum, além de existir.
Voltar a escrever é como andar de bicicleta, pendendo de um lado para o outro, com medo, as pernas bambeando, sem saber se ao final vamos cair ou seguir.
E é, como dizem, algo de que nunca esquecemos. Nunca desaprendemos.
Com a caneta, já não posso dizer o mesmo. Bendito computador!!
E até acho que mudei um pouco meu rumo.
Sempre fui fanática por poesias e poemas e, me deparo com uma história de vida aqui, um "casos de família" trazendo sentimentos e caminhos que nunca sonhei partilhar.
Apenas escritos, corridos, devaneios que me fazem pensar nos artistas que li. Nas histórias que eles contaram e que tanto afetaram a minha vida nesses últimos dias/tempos.
E, quem sabe um dia eu seja um deles também. Talvez não na mesma magnitude, mas cause algum impacto por aí, onde passar.
Que seja do bem. Que seja para o bem.
Ah, como é bom respirar de novo!