Pra que, sacrificar o peito
Por algo que não tem jeito
Senão, que seja a presença
A carícia e a querência
A vontade e a insistência
De estar, querer e ter.
Pra que, se nada disso adianta
Se em nós, a dor é tanta
E a saudade é traiçoeira
Agoniante e derradeira
Pra fazer voltar atrás.
E buscamos, uma vez mais
Estender a mão ao sim
Insatisfeitos com o fim
Sofrendo passo a passo
Cada dia num compasso
De espera e de desejo
Do carinho e do beijo
Que, outrora, tornará a acontecer.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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