domingo, 30 de abril de 2017

Como é incrível a nossa sintonia!
Mesmo sem saber da Minha dor,  escreveu exatamente tudo o que eu precisava ler.

Por Josias Zanchetta.

Animus e desanimus

Não negocio versos com a dor
Tampouco faço deles carnavais.

Entrego sorrisos
Protejo lágrimas.

No pequeno espaço entre corpo e alma
Deixo soprar  vento no oco
Para ouvir pífaros confusos
E Celebrações ao desconhecido.

Não era o sopro paterno criador de alma
Era só mais uma tempestade
Que optei por não sobreviver
Esperando por um acaso que desfaleceu
Em combate com a soberania.

Desisti de machucar a dor
Preferi fazer dela infindáveis festivais de esperança.
Desisti de enxugar as lágrimas
Preferi bebê las para ter mais sede.

Só não desisto de transbordar o riso...
É com ele que inundo os nômades traiçoeiros.
Não desisto de cantar sem plateia
De pintar molduras ao invés da tela
Usar óculos escuros em dias nublados
Usar tênis sujos e cadarços desamarrados
Comprar pão sem fome
Decorar sobrenome ao invés do nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 Alma pequena, nunca valeu a pena. Nunca foi bonito não ter empatia. Porque agora tem de ser? Querer encontrar sentimento, onde só existe nú...