domingo, 8 de agosto de 2010

tiro

Chuva, chuva, tempestade de calma
Sofre o vento, chora sem pausa.
Corre a água pela estrada
Passageira, chuva, ingrata.
Voa o tempo, mar de espera
Naufragado na água, límpida
Desapego, tempo velho
Necessário, amigo, tempo.
Velho embaixo do sombreiro
Passos, ligeiramente, lentos
Pro futuro, derradeiro
Hoje, apenas hoje, enfim.
E, disseste, tão convicto
Qual seria o fim
Solitário fim...
De você e de mim
Aquela marca da tinta
Cravada na pele, tal qual tatuagem
Seria vertigem? Seria miragem?
Grande desvantagem perder-te de mim
De quem mais te cerca, de longe, hoje, sim.
Fazes anos, tão só
Nó no peito, por estares na ‘paz’ que pediste
Segue triste, satisfeito
Afastaste o mundo inteiro
Derradeiro sofrimento
De carência e desespero
Tiro certeiro, meu caro.

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