Veio à tona o desespero
Da verdade desmentida
Escraxada e fria
Sem lógica e tão real
Como um poço sem final
Onde arremessada fui
De onde não posso sair
E não tenho mais pra onde fugir
Senão pro silêncio
Pro medo do fim
Pro risco que corro
Pelos olhos do ódio
Pela boca tão suja
Não mais que a mente diabólica
E, tomada pela cólica, não me resta nada além da dor
Não me resta nem o amor
Hoje, apenas hoje, nesse peito ferido
Que se julga arrependido por correr tantos riscos
Que se mostra incapaz de lutar contra tudo
Segue aqui dentro, calado e mudo
Imundo de rancor
Disposto a nada... Apenas isso
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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