Vou morrer aos 15 anos
Desfazer-me dos planos
De criança e de hoje em dia
Quando ainda nem crescí
Das noites que mal dormi
Pensando em como ia ser
Esperando a tal partida
A estanca da ferida
Despedida.
Saltarei de bungee jump
Vou entorpecer, dos meus próprios sentimentos
Esquecer de todo aquele juramento e julgamento
Dentro do apartamento
Trancado e sozinho, enfim
Sozinho, tal qual à mim.
Tão morto por dentro aos poucos
Loucos!
Acreditam que posso ir?!
Eu nunca quis, mesmo, partir
Mas fizestes com que fosse
Me empurraste para o abismo
Do meu próprio anarquismo
Dentro de mim tão calado.
Explosivo, retraído
Prestes a gritar.
Disposto a desengasgar
Toda culpa e todo o medo
Despejar o tal segredo
De morrer pra viver bem.
quarta-feira, 17 de março de 2010
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